terça-feira, 30 de agosto de 2016

Comissão aprova lei que legaliza cassinos, jogos de bichos, bingos e caça-níqueis

A comissão especial da Câmara que discute o marco regulatório dos jogos no Brasil aprovou, nesta terça-feira, o relatório que legaliza as atividades de cassinos, jogos de bichos, bingos, caça-níqueis e outras modalidades hoje proibidas no país. O projeto, que está em tramitação na Câmara desde 1991, segue agora para votação em plenário.



Se o parecer do relator Guilherme Mussi (PP-SP) for aprovado, casas de bingo poderão funcionar em estabelecimentos próprios, jóqueis clubes ou estádios de futebol com capacidade superior a 15 mil lugares. Além disso, cada estado poderá lançar seu próprio jogo lotérico. O projeto veda as empresas de jogos de fazer e receber empréstimos de instituições financeiras e pessoas físicas. Além disso, os estabelecimentos não poderão ter acesso a benefícios fiscais.

Com o projeto, cassinos, por exemplo, deverão ser instalados em complexos de diversão com hotéis, teatros e casas noturnas. O estado do Rio, de acordo com as regras previstas, poderá ter até dois cassinos em seu território caso o projeto seja aprovado. Aqueles que são diagnosticados como viciados em jogos serão proibidos de entrar nos estabelecimentos. A vigilância será feita por meio de um cadastro nacional de "ludopatas", a ser atualizado pelos próprios usuários de forma voluntária, ou por decisão judicial.

Quem explorar os jogos ilegalmente e fraudar os resultados poderá ser condenado a até oito anos de prisão, além do pagamento de multa. De acordo com Mussi, um dos pontos que pode gerar atrito no plenário é sobre a pena para estabelecimentos que autorizarem o uso de cartões de crédito em transações. No texto atual, quem o permitir, também está sujeito à prisão.

A fiscalização dos ambientes ficará por conta da União, em parceria com estados e municípios, por meio de uma agência de inspeção, a ser criada após a aprovação da lei. O projeto também prevê que acusados de exploração ilegal de jogos devem ser anistiados desde as primeiras proibições.


FONTE: O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário