quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Senadores votaram pela cassação da presidente Dilma Rousseff.

Senadores votaram pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Por 61 votos a 20, eles decidiram pela cassação da presidente afastada. Não houve nenhuma abstenção.



Em seguida, os senadores vão votar pela inegibilidade de Dilma Rousseff por oito anos. Dilma é a segunda presidente a sofrer impeachment em pouco mais de 20 anos. O último presidente cassado foi Fernando Collor em 1992. O presidente interino Michel Temer assumirá agora o cargo em definitivo.Espera-se que haja uma cerimônia de posse ainda nesta tarde.


FONTE: BBC Brasil

Impeachment de Dilma não irá salvar Brasil, diz imprensa estrangeira

No dia em que o Senado deverá aprovar o impeachment de Dilma Rousseff, jornais no exterior destacam que o afastamento definitivo da presidente está longe de resolver os problemas do país. Para o jornal americano The Washington Post, o longo processo de impeachment, que se estende por nove meses, pode servir apenas para "alienar mais ainda eleitores desencantados com o sistema político".



A publicação afirma que o processo desorganizou a esquerda no país - como exemplo disso, cita a baixa adesão aos protestos pró-Dilma em Brasília nesta semana e a postura "desapaixonada" de congressistas do PT em defesa da presidente afastada. O jornal aponta que o presidente interino, Michel Temer, se revelou tão impopular quanto Dilma - segundo pesquisa Ibope de julho, apenas 13% dos brasileiros consideravam o governo bom ou ótimo.

Diz ainda que o atual processo expôs fraquezas no sistema político do país, em que o presidente depende de acordos com "inúmeros partidos sem ideologia clara", em arranjos que "incentivam a corrupção". Para a publicação americana, um "vácuo de poder" está se abrindo na política nacional - e sendo preenchido por siglas menores de esquerda e candidatos evangélicos.


Incerteza na economia

Em texto sobre as perspectivas econômicas do país, o Wall Street Journal afirma que "investidores podem estar dando muito crédito a políticos do país e desconsiderando os problemas". O diário lembra que o real se apreciou mais de 8% ante o dólar - é a moeda que mais se valorizou no mundo neste ano - e o Ibovespa avançou 9,9% desde o afastamento provisório de Dilma em maio, mas desde então Temer "fez muito pouco" para enfrentar o rombo nas contas públicas do país.



Afirma que propostas neste sentido - como uma possível reforma da Previdência e um limite constitucional aos gastos públicos - provavelmente não passarão no Congresso, enquanto as "primeiras ações" de Temer no cargo vão em sentido oposto: carência a Estados endividados com a União e "aumentos para servidores públicos muito bem pagos".

"É difícil imaginar uma medida pior", disse ao jornal Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica no governo Luiz Inácio Lula da Silva e diretor-presidente do centro de ensino e pesquisa Insper. Em texto de opinião na revista Fortune, João Augusto de Castro Neves, diretor de América Latina da consultoria Eurasia Group, diz que o impeachment não irá solucionar "meses de turbulência política e econômica". O consultor descreve a permanência, no Brasil, de um cenário de "tempestade perfeita": economia global menos favorável, recessão profunda, desequilíbrio fiscal, escândalo de corrupção em curso e o usual embate político.



Ele afirma que os dois principais desafios de uma eventual gestão Temer serão reordenar as finanças e recuperar a confiança de investidores, em meio à "sombra" da Operação Lava Jato. "Com poucos fundos públicos à disposição, Temer terá que recorrer ao setor privado para elevar investimentos e estimular uma recuperação econômica."


'Buraco negro'

O Clarín, da Argentina, destaca um artigo do editor de política internacional do jornal, Marcelo Cantelmi, para quem o Brasil caminha para um "buraco negro" ao "contornar as eleições". O jornalista diz considerar que Dilma reagiu tardiamente à queda na economia e que o Congresso barrou medidas de austeridade que ela tentou implementar em 2015, e afirma que "todos são culpados" pela situação atual.

"Aqui são todos culpados. Mas o erro institucional de ter tirado Rousseff à força deste modo e o precedente inquietante de fragilidade democrática que derrama sobre a região têm um só agravante. O de não ter aprofundado o caminho para convocar eleições antecipadas, que elegeriam um governo eleito para pilotar uma tempestade que não terminartá amanhã e se agravará inevitavelmente", conclui.


FONTE: BBC Brasil

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Comissão aprova lei que legaliza cassinos, jogos de bichos, bingos e caça-níqueis

A comissão especial da Câmara que discute o marco regulatório dos jogos no Brasil aprovou, nesta terça-feira, o relatório que legaliza as atividades de cassinos, jogos de bichos, bingos, caça-níqueis e outras modalidades hoje proibidas no país. O projeto, que está em tramitação na Câmara desde 1991, segue agora para votação em plenário.



Se o parecer do relator Guilherme Mussi (PP-SP) for aprovado, casas de bingo poderão funcionar em estabelecimentos próprios, jóqueis clubes ou estádios de futebol com capacidade superior a 15 mil lugares. Além disso, cada estado poderá lançar seu próprio jogo lotérico. O projeto veda as empresas de jogos de fazer e receber empréstimos de instituições financeiras e pessoas físicas. Além disso, os estabelecimentos não poderão ter acesso a benefícios fiscais.

Com o projeto, cassinos, por exemplo, deverão ser instalados em complexos de diversão com hotéis, teatros e casas noturnas. O estado do Rio, de acordo com as regras previstas, poderá ter até dois cassinos em seu território caso o projeto seja aprovado. Aqueles que são diagnosticados como viciados em jogos serão proibidos de entrar nos estabelecimentos. A vigilância será feita por meio de um cadastro nacional de "ludopatas", a ser atualizado pelos próprios usuários de forma voluntária, ou por decisão judicial.

Quem explorar os jogos ilegalmente e fraudar os resultados poderá ser condenado a até oito anos de prisão, além do pagamento de multa. De acordo com Mussi, um dos pontos que pode gerar atrito no plenário é sobre a pena para estabelecimentos que autorizarem o uso de cartões de crédito em transações. No texto atual, quem o permitir, também está sujeito à prisão.

A fiscalização dos ambientes ficará por conta da União, em parceria com estados e municípios, por meio de uma agência de inspeção, a ser criada após a aprovação da lei. O projeto também prevê que acusados de exploração ilegal de jogos devem ser anistiados desde as primeiras proibições.


FONTE: O Globo

Cardozo chora e fala em "injustiça profunda" contra Dilma

Ao Deixar o plenário do Senado para o intervalo do almoço, José Eduardo Cardozo, advogado de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff, foi às lágrimas ao conversar com jornalistas. "Nunca deixei de me emocionar diante da injustiça. Aquele que perde a emoção diante da injustiça se desumanizou", disse.



Cardozo disse que as palavras da acusação foram "muito duras". "Para quem conhece Dilma Rousseff, pedir sua acusação para defender seus netos é algo que me atingiu muito fortemente", disse ao se referir à fala final da colega Janaina Paschoal (acusação) que pediu desculpas à presidente da República afastada por saber que a situação que ela vive não é fácil e, como uma das autoras do processo, ter causado sofrimento à petista. "Peço que ela um dia entenda que eu fiz isso pensando também nos netos dela", disse Janaína.

"Achei profundamente injusta a menção aos netos. Eu não condeno alguém dizendo que vou resolver o futuro dos netos", disse Cardozo.

Sobre o resultado do julgamento que deve ser conhecido amanhã (31), o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que ontem estava muito desanimado, mas hoje está otimista. Segundo Costa, cerca de dez senadores ainda estão indecisos e podem votar favoravelmente à Dilma. O petista, no entanto, não arriscou o placar. Ele acrescentou que a presidenta está acompanhando hoje o julgamento do Palácio do Alvorada e que, nos bastidores, muitas conversas estão sendo travadas com os indecisos.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que comanda a sessão, suspendeu os trabalhos para o almoço por uma hora e retomará o julgamento as 14h10. No retorno, acusação e defesa voltam a ter a palavra para fazer a réplica e a tréplica. Para cada um desses passos, eles terão mais uma hora.


FONTE: Notícias Terra

Número de desempregados cresce 80% desde a reeleição de Dilma

Durante o julgamento da presidente afastada no Senado, foi lembrado que os adversários dela na campanha de 2014 eram chamados de pessimistas quando alertavam para a situação da economia. A preocupação era pertinente. Nesta terça-feira o IBGE divulga que o número de desempregados no trimestre até julho chegou a 11,847 milhões. Embora Dilma dissesse que a economia ia bem, nesses 22 meses desde a reeleição o número de desempregados saltou 80,5%.



No trimestre até outubro de 2014, o contingente de pessoas que procuravam uma ocupação sem encontrar era de 6,565 milhões de pessoas. Com a eleição ganha, foram desmontados alguns artificialismos, como o controle de preços administrados, e o cenário mudou. A taxa de desemprego, que na pesquisa de outubro de 2014 estava em 6,6%, pulou para 11,6% no levantamento mais recente.

A piora na economia não era invenção de pessimistas. Mais pessoas passaram a procurar por um trabalho, mas o número de empregos caiu. O movimento de cortes foi intenso. Desde a eleição, o país perdeu 2,1 milhões de vagas de trabalho. No trimestre até julho, eram 90,5 milhões de trabalhadores ocupados, contra 92,6 milhões na época da reeleição de Dilma.



Com o mercado de trabalho em queda, a retomada da economia dificilmente virá pelo consumo, que havia sido o motor da política econômica da presidente. Nesse período desde a reeleição de Dilma, a massa de rendimentos caiu 4,85%, para R$ 175,3 bi por mês. A piora da economia, provocada pelos erros do primeiro mandato, é bem real. 




FONTE: O Globo


Novo sumo-sacerdote é escolhido em Israel

A escolha de um novo sumo-sacerdote foi um importante passo na preparação da construção do Terceiro Templo, em Jerusalém. O escolhido foi o rabino Baruch Kahane, um erudito nas leis relacionadas ao serviço no templo. Ele pertence ao Instituto Berurá Halacha, criado pelo rabino Avraham Isaac HaCohen Kook, e que se concentra na elucidação da lei judaica a partir de suas fontes talmúdicas (Lei Oral) e comentários.



O rabino Kahane tem desempenhado um papel importante em todas as reconstituições dos serviços do Templo já realizadas até hoje. Promovidas pelo Instituto do Templo, as cerimônias servem como uma espécie de “ensaio” para que tudo esteja em ordem após o novo prédio ser erguido.

A escolha do nome de Kahane ficou a cargo do novo Sinédrio. Seu porta-voz, o rabino Hillel Weiss, explicou a necessidade de se escolher um sumo-sacerdote, mesmo que não haja um templo. “Para tomar esta decisão relevante não precisamos de um acontecimento milagroso, como o aparecimento repentino de um templo descendo do céu”, declarou ao Breaking Israel News.

Segundo ele, “o único obstáculo que impede o culto no Templo, hoje, é a questão política [com os muçulmanos]. Se isso mudar, será necessário iniciar imediatamente os serviços religiosos no Templo”. Acrescentou ainda que “é preciso ter alguém preparado para desempenhar a função de sumo-sacerdote, especialmente agora que já temos pessoas capacitadas para isso”, acrescentou Weiss.



De acordo com o Breaking Israel News, o Instituto do Templo está confiante de que, assim que o serviço do Templo receber autorização para recomeçar tudo estará pronto em menos de uma semana. Este ano o Instituto criou um registro dos kohanim [sacerdotes] que irão servir no local. Eles estão se preparando desde março e fizeram reconstituições em todos os feriados, incluindo o sacrifício da Páscoa.

O rabino Yisrael Ariel, fundador e líder do Instituto do Templo também é membro do Sinédrio. Ele diz que a escolha segue um mandamento divino. “Não é uma questão de opinião. Está escrito explicitamente na Torá [Antigo Testamento] e, como qualquer um dos outros mandamentos, temos de seguir. A escolha de um sumo-sacerdote e fazer todas as preparações é algo que independe do fato do Templo não estar em pé agora”.


As preparações para o Terceiro Templo

Os 20 estudiosos do Talmude, que trabalham para o Instituto em tempo integral, elaboraram em detalhes todos os procedimentos seguindo as leis elaboradas cerca de 3.000 anos atrás. O Instituto afirma que já gastou mais de 30 milhões de dólares até o momento.

Para os judeus que estudam as profecias sobre o final dos tempos, a restauração dos sacrifícios rituais em Jerusalém é o início do processo de aparecimento do Messias esperado por eles.  Para a maioria dos cristãos que estudam escatologia, o surgimento do Anticristo depende da restauração do templo e dos sacrifícios, segundo a interpretação de Daniel 9:27.

Existe uma divisão de opiniões sobre o Terceiro Templo. Uma corrente teológica defende que ele só será construído durante a Grande Tribulação. Outros acreditam que ele só estará de pé novamente durante o reino milenar de Cristo na Terra. Confira um estudo sobre o Terceiro Templo


FONTE: Gospel Prime

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Anvisa suspende lote do achocolatado Itambezinho após morte de criança

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira (29) uma resolução determinando o recolhimento de um lote do achocolatado Itambezinho e proibindo a comercialização do produto pelo período de 90 dias, em todo o Brasil. A medida foi tomada após a morte de uma criança de dois anos na quinta-feira (25), em Cuiabá. Segundo a polícia, a mãe relatou que o filho morreu uma hora depois de ingerir a bebida.



A Itambé informou em nota, que essa é a primeira reclamação que recebe sobre o lote e que está auxiliando na apuração do fato. Os produtos que pertencem ao lote MA: 21:18 devem ser recolhidos dos estabelecimentos comerciais pelas vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, segundo a Anvisa. Após o recolhimento, a bebida deve passar por análise laboratorial.

A resolução de nº 2.333, assinada na sexta-feira (26), dia seguinte à morte da criança, especifica que o produto interditado cautelarmente foi fabricado no dia 25 de maio e tem validade até 21 de novembro de 2016. De acordo com a Anvisa, o lote deve ser recolhido e armazenado até que um laudo aponte o motivo da morte da criança. Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, o exame que deve indicar a causa da morte deve sair em 30 dias.



De acordo com a Anvisa, a Itambé, com sede em Pará de Minas (MG), fabricante do produto, deve apresentar um mapa de distribuição do produto para facilitar o recolhimento do lote. Caso não seja comprovada a contaminação do lote no prazo estipulado pela Anvisa, o produto pode ser distribuído novamente.


Investigação

A  Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte da criança, a partir de denúncia registrada pela mãe na Delegacia de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP). A  investigação, porém está a cargo da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica).



O delegado Eduardo Botelho, da Deddica, informou ao G1 nesta segunda-feira que os pais do menino foram ouvidos hoje e, em depoimento, confirmaram a versão declarada no boletim de ocorrência registrado na semana passada. Conforme o delegado, os pais disseram que a família ganhou o achocolatado de um vizinho e que a embalagem estava fechada. A mãe ainda declarou que ela e um tio da criança chegaram a ingerir a bebida e também passaram mal. O menino foi encaminhado a Policlínica do Coxipó, em Cuiabá, com parada cardiorrespiratória e morreu na unidade.


Outro lado

Por meio de nota, a Itambé informou que foi notificada na sexta-feira (26) sobre o suposto consumo de um produto da linha de achocolatados Itambezinho, de 200 ml. "O referido produto está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema correlato. Até o presente momento, não tivemos nenhuma outra reclamação do mesmo lote", diz a empresa.

A Itambé disse ainda que faz regularmente provas internas e em laboratórios externos de seus produtos e que, inclusive, já disponibilizou as contraprovas para os órgãos oficiais e que se colocou à disposição para os esclarecimentos necessários.



FONTE: G1 Globo

Imagens de drone mostram vilarejo destruído após terremoto na Itália

Imagens feitas por um drone mostram o vilarejo de Pescara del Tronto completamente destruído pelo terremoto que atingiu a região central da Itália na madrugada da última quarta-feira. 



A pequena cidade histórica tinha uma população fixa de cerca de 100 pessoas habitando antigas casas de pedra e madeira, mas, assim como muitas das localidades atingidas pelo terremoto, estava repleta de turistas aproveitando o verão no hemisfério Norte.

Confira as imagens do dronehttps://noticias.terra.com.br/mundo/imagens-de-drone-mostram-vilarejo-destruido-apos-terremoto-na-italia,6e82ca6ac473874a54b32f54d75df011xn283zqk.html

O tremor de 6.2 de magnitude foi o mais intenso registrado na Itália desde 2009 e foi seguido por uma série de tremores menores posteriores. Pelo menos 250 pessoas morreram e outras centenas ficaram feridas - ou estão desaparecidas. Milhares estão desabrigadas.


FONTE: Notícias Terra

Para 87% de brasileiros, país está no rumo errado, diz pesquisa

A maioria esmagadora da população brasileira acha que o país não está no caminho certo, mas essa percepção já foi pior. É o que sugere uma pesquisa feita pela consultoria Ipsos. De acordo com o levantamento, em agosto, 87% dos entrevistados disseram que o Brasil está no rumo errado, apenas dois pontos percentuais abaixo do registrado no mês anterior. No entanto, esse número chegou a 94% em março deste ano.



A pesquisa foi feita com 1.200 pessoas em 72 municípios, entre os dias 30 de julho e 9 de agosto. A margem de erro é de três pontos percentuais. Para o diretor da Ipsos Public Affairs, Danilo Cersosimo, apesar de a opinião dos brasileiros permanecer muito negativa, há uma tendência de mudança "extremamente lenta". Ele avalia que o viés de melhora não está relacionado a uma boa avaliação de Michel Temer, e sim com o fim do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

"Só o fato de ter ido a julgamento é uma espécie de resposta à instabilidade. A opinião pública de modo geral se sente aliviada pela instabilidade política estar sendo resolvida pelo processo de impeachment. É uma espécie de ponto final àquela crise", diz. "Minha leitura é que pode ser um início de uma tímida e gradativa retomada de um rumo mais positivo. Está no insconsciente das pessoas que este ano está perdido, mas 2017 pode ser melhor." Cersosismo acredita, porém, que se Dilma voltar ao cargo a instabilidade política regressará e o viés de otimismo comedido no país poderá ser revertido.


Falta de impacto

A combinação das crises política e econômica com a falta de medidas marcantes do governo interino é a chave para entender o pessimismo sobre o rumo do país, afirma Cersosimo. Segundo o diretor da Ipsos, Temer não deu um "choque de gestão" ou deixou uma "mensagem impactante" capaz de convencer os brasileiros. Os escândalos de corrupção em que se envolveram seus ministros no começo do mandato também afetaram a opinião dos brasileiros. 



Um dos homens mais fortes do governo interino, Romero Jucá deixou o Ministério do Planejamento em maio, horas após o jornal Folha de S. Paulo divulgar uma gravação em que ele sugere uma articulação para conter a Operação Lava Jato. "(O governo dele) ficou sem cara. E tem o aspecto político, que pesa. É a sua transparência, o quanto ele está no meio do balaio dos outros corruptos. Temer não conseguiu se distanciar do principal problema (do governo) de Dilma, no entendimento do povo: a corrupção."

A reprovação ao presidente interino se manteve em 68% em agosto. Ainda segundo a pesquisa, a reprovação a Temer cresce quando o assunto é economia. De julho a agosto, a porcentagem de pessoas que desaprovam a atuação de Temer no combate à inflação passou de 56% para 61%. Sobre a reforma da previdência, 64% desaprovam a forma como o tema está sendo tratado - em julho, eram 54%. Na área econômica, diz o diretor do Ipsos, "a mensagem do governo de colocar a casa em ordem não chegou à população". "O mercado desde o início viu com bons olhos, mas as pessoas não perceberam isso de cara. Todas as ações que demandam médio e longo prazo tem que ser muitíssimo bem explicadas - e não foi o caso."



Em entrevistas recentes, o ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles, disse que espera apresentar ao Congresso nos próximos meses um projeto para alterar o sistema previdenciário. O ministro já anunciou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que também será encaminhada ao Legislativo, para controlar o crescimento dos gastos públicos. O governo federal manteve uma avalição estável. A parcela de pessoas que o consideram ruim ou péssimo ficou em 49%, contra 48% em julho; 8% o consideram bom ou ótimo.


'Resistência'

A avaliação de Dilma Rousseff, que presta depoimento nesta segunda-feira no Senado, não mudou muito. Afastada da Presidência desde maio, Dilma manteve os mesmos 71% de reprovação registrados em julho. Sua aprovação caiu dois pontos, de 25% para 23%. O diretor da Ipsos explica que a estabilidade é natural, já que a petista está fora do poder. Longe do cargo, ela não recebe os ônus nem bônus das ações do governo.



Para ele, os 20% de aprovação da presidente afastada devem se manter, porque representariam um grupo mais à esquerda, ligado ao PT ou contrário ao processo de impeachment. "Esse percentual reside nos núcleos onde PT, Lula e Dilma atuaram bem: pessoas de classes e escolaridade mais baixa, do Nordeste, ou aqueles que não apoiam o impeachment. O não apoio ao impeachment ao longo dos últimos meses se manteve em torno de 20% a 25%. É uma espécie de resistência. "


FONTE: BBC Brasil

Governo Temer suspende programa de combate ao analfabetismo

O Brasil, com uma das piores taxas de analfabetismo da América do Sul, interrompeu o programa federal que ensina jovens e adultos a ler e escrever. No país, 13 milhões não sabem decifrar nem um bilhete simples, o equivalente a 8,3% da população com 15 anos ou mais. Esse contingente era o foco do 'Brasil Alfabetizado', executado por Estados e municípios com verba do governo federal.

Segundo a Folha de S. Paulo, o Ministério da Educação diz que o programa está em operação, prefeituras e governos estaduais, no entanto, relatam um bloqueio no sistema da pasta que impede o cadastro de alunos -o que inviabiliza o início de novas turmas.



A interrupção do programa foi confirmada pelo Ministério a uma cidadã que o questionou sobre o tema por meio da Lei de Acesso à Informação. "Até o momento não há previsão de reabertura do Sistema Brasil Alfabetizado para ativação de novas turmas", respondeu, em junho, a pasta chefiada pelo ministro Mendonça Filho (DEM).

Somente os alunos cadastrados antes desse bloqueio estão frequentando as aulas. De acordo com o ministério, são 168 mil no atual ciclo, iniciado em outubro do ano passado. O número explicita o encolhimento do programa. Relatórios da pasta mostram que, até 2013 (dados mais recentes), eram ao menos 1 milhão de atendidos ao ano.

O jornal questionou a todos os governos do Nordeste, onde estão 54% dos analfabetos do país, sobre a situação do Brasil Alfabetizado. Sete dos nove Estados da região responderam, e relataram, no mínimo, expressiva queda de atendimento desde o bloqueio do programa e, nos piores casos, o fim dos cursos de alfabetização.

"Em 2016, devido à suspensão do Programa Brasil Alfabetizado pelo MEC, as atividades letivas ainda não tiveram início", disse a secretaria de Educação do Ceará. Os governos de Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia também relataram redução e descontinuidades do programa, que foi criado em 2003.



Um documento deste ano feito por um grupo que incluiu o Ministério da Educação aponta uma taxa de alfabetização de 47% a 56% dos alunos. A pouca integração com a Educação de Jovens e Adultos (EJA - antigo supletivo) é uma das explicações para resultados negativos do programa, ao lado da baixa qualificação de educadores.

Os problemas deixam o Brasil ainda mais atrasado no compromisso assumido em conferência mundial, em 2000, de chegar a 2015 com uma taxa de analfabetismo de 6,7%. Se seguir no ritmo atual, só chegara à meta em 2022. O Ministério da Educação afirma que o Brasil Alfabetizado "está mantido e encontra-se em execução", e que está iniciando a preparação de novas turmas, mas ainda não há uma data para que isso ocorra.

A gestão do ministro Mendonça Filho (DEM), que assumiu em maio, também afirma que encontrou cortes no orçamento de 2016 para os programas Brasil Alfabetizado, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Pro Jovem no valor de R$ 120 milhões, e que os mesmos programas já haviam sofrido corte na ordem de R$ 112 milhões em 2015.

Foi o que aconteceu com cinco Estados de 2013 para 2014, ano com dados mais recentes: AL, GO, PI, RS e SP. A assessoria do ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT), que comandou a área até o afastamento da presidente Dilma Rousseff, atribuiu problemas orçamentários da pasta à situação política e criticou o que chamou de "desmonte" da área. Ele disse ter mantido ações no Brasil Alfabetizado em 2016, mesmo com restrições financeiras..


FONTE: MSN Brasil

domingo, 28 de agosto de 2016

Abalo de 5.7 graus é registrado em Porto Velho

A  Cidade de Porto Velho, em Rondônia, também registrou tremores de terra após o forte terremoto de magnitude 6.2 que matou 159 pessoas nesta última terça-feira (24) na Itália. A rede sismográfica que monitora as atividades no território brasileiro registrou 54 avisos de tremores de terra.



De acordo com a assessoria de comunicação da CPRM, no mesmo dia em que o terremoto atingiu a Itália, o laboratório de sismologia da entidade que integra a rede sismológica brasileira, registrou um tremor de terra que chegou próximo a magnitude 5.7 na região da capital rondoniense. Segundo com o geofísico Marcos Ferreira o tremor aconteceu por volta das 17h entre as cidades de Porto Velho e Manaus. 



“Esse foi um evento diferente dos que são normalmente registrados na região amazônica por isso chamou a atenção, porém não tem relação direta com o acontecido na Itália”, disse Marcos Ferreira. Felizmente o tremor não trouxe nenhum risco ou sequer foi sentido, uma vez que aconteceu há aproximadamente 470 quilômetros de profundidade, diferente da Itália, onde o chão tremeu quase em sua superfície.


FONTE: Apocalipse News

Temer gastará mais de 200 mil reais com segurança pessoal

Michel Temer anda preocupado com sua segurança e de sua família. Tanto que a Presidência da República está em busca de uma empresa para transformar um “veículo tipo van em unidade móvel blindada de vigilância”. Para a reforma da Mercedes Benz, de 2012, devem ser gastos R$ 211.190. Na justificativa, explica que é responsabilidade da Secretaria de Segurança Presidencial prover a segurança do Presidência da República, do vice, e dos respectivos familiares.




Aliás e a propósito

Também é citado como motivo para o reforço na segurança “a crescente instabilidade política no Brasil, ao longo dos últimos anos”. A Presidência vai encomendar ainda um novo modelo de broche para a Secretaria de Segurança Presidencial. Segundo o edital, serão comprados dois mil deles, por R$ 6,80 cada um, num total de R$ 13.780.


FONTE: O Globo

Maiores de 60 anos terão que trabalhar com a Reforma da Previdência

Uma das bandeiras do presidente interino, Michel Temer, a reforma da Previdência promete trazer mudanças não apenas na aposentadoria e nas contas públicas, como no mercado de trabalho e no dia a dia das famílias. Especialistas afirmam que a discussão, adiada durante anos pela sociedade brasileira, tornou-se inevitável. Neste cenário, um dos principais desafios a superar é a dificuldade de inserção no mercado de trabalho de quem passou dos 60 anos, já que a proposta em discussão no governo é fixar uma idade mínima para a aposentadoria aos 65.



Hoje, o número de trabalhadores com mais de 60 anos no país chega a 6,48 milhões, de uma população ocupada total de 90,70 milhões. Porém, mais da metade dos que têm 60 anos ou mais está trabalhando ou por conta própria (46,6% do total) ou como empregador (8,8%). As vagas com carteira estão disponíveis para apenas 15,7%. Na média dos trabalhadores brasileiros, as estatísticas são bem diferentes: 37,9% têm o trabalho protegido, com carteira assinada.

As razões para esse descompasso, segundo especialistas, vão desde o preconceito até o fato de que o trabalhador mais experiente, em geral, tem salário maior que os demais.

— O mercado de trabalho é violento, exigente em aparência e em idade. Já o trabalhador por conta própria faz seu próprio empreendimento, por opção ou não — explica o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.


REQUALIFICAÇÃO E TREINAMENTO

Hoje, no setor privado, não há idade mínima para a aposentadoria. O brasileiro pode requerer o benefício com 30 anos de contribuição (mulheres) e 35 (homens). Para não ter aplicação do fator previdenciário, é necessário que a soma de idade mais tempo de contribuição seja de 85 anos (mulheres) e 95 (homens). Na prática, a média de idade das pessoas que se aposentam por tempo de contribuição fica abaixo dos 60 anos. Em 2015, foi de 54,7 anos. A outra alternativa é a aposentadoria por idade, de 60 anos (mulheres) e 65 (homens), desde que tenham contribuído por pelo menos 15 anos. A proposta em discussão no governo, que ainda será apresentada ao Congresso, é adotar idade mínima de 65 anos para a aposentadoria. O valor do benefício vai variar de acordo com o tempo de contribuição.



— A reforma da Previdência tem que acontecer, mas não pode vir sozinha. Não dá para fazer uma canetada, colocar 65 anos como mínimo para aposentar e virar a página. É preciso um pacote de medidas que amorteçam a mudança — diz a pesquisadora do Ipea Ana Amélia Camarano.

Políticas de requalificação profissional, com treinamento para atividades que exijam menos força física; de saúde ocupacional, especialmente em profissões com maior desgaste; e melhorias no transporte público, para reduzir o tempo de locomoção para o trabalho, são algumas das sugestões citadas por Ana Amélia.

Com 63 anos, o ajudante de peixaria do supermercado Extra Maracanã Manoel José Reis Filho reconhece o cansaço. Todos os dias, enfrenta cerca de duas horas para ir de ônibus de Olaria, onde mora, até o trabalho, e outras duas horas na volta. Ele já trabalhou em manutenção de avião, como segurança e com frete. Há quase cinco anos, conseguiu a oportunidade no varejo, que exige o trabalho nos fins de semana.

— Não sou mais como era aos 18 anos. O trabalho não é puxado, mas as pernas doem, e a gente vai ficando mais cansado. O corpo sente — diz Manoel, que só poderá se aposentar em dois anos.

Mesmo que a reforma da Previdência não saia do papel, as empresas terão de se adaptar a uma realidade na qual se começa a trabalhar mais tarde e a vida útil no trabalho é mais longa. Com a redução da taxa de natalidade e o ganho na renda, as famílias têm se esforçado para manter os jovens na escola, postergando a entrada no mercado. Com menos gente entrando no mercado, os mais velhos serão necessários para girar a economia.

— O mercado de trabalho também deve sofrer mutações para receber os novos atores de cabeça branca. É preciso ter políticas para qualificar o trabalhador, para ele não ser preterido lá na frente — afirma Cimar Azeredo.

A participação maior hoje dos trabalhadores por conta própria e dos empregadores entre quem tem mais de 60 está ligada ao preconceito, na avaliação do professor do Instituto de Economia da UFRJ João Saboia, mas ele considera que a tendência é de mudança:

— Temos que deixar de olhar o idoso com postura de pena.

Hoje, a maior facilidade ou dificuldade de inserção das pessoas mais velhas no mercado de trabalho depende da área de atuação, segundo André Nolasco, diretor da empresa de recrutamento e seleção Michael Page no Rio. Nas áreas de conhecimento mais técnico, como indústria naval e engenharias de forma geral, há menos resistência. Boas também são as chances de empregabilidade no meio jurídico e no acadêmico.

— Em áreas técnicas, o conhecimento acumulado conta, pois o ritmo de mudança do conhecimento é menor. Em áreas como tecnologia da informação, por outro lado, o conhecimento é perecível, devido à rapidez com que as tecnologias mudam — diz Nolasco.


EFEITO MAIOR NA ALTA RENDA

Mesmo nas áreas com mais potencial, no entanto, aparecem dificuldades, como ilustra a situação do engenheiro mecânico Denylson Salata, 55 anos. A multinacional do setor de petróleo em que trabalhava fechou as portas no Brasil em setembro. Nesses 11 meses, Salata fez cinco entrevistas de emprego e perdeu a conta de quantos e-mails disparou com seu currículo.



Sem resposta, decidiu se aventurar numa missão da ONG Médicos Sem Fronteira. Na última sexta-feira, embarcou para Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, onde assumirá o cargo de gerente de suprimentos da ONG no país. Ficará por lá por pelo menos quatro meses, deixando para trás mulher e dois filhos. No período, receberá uma ajuda de custos que não chega aos pés do salário que tinha no Brasil.

— Não tenho dúvida de que a idade avançada é critério de desempate e que eu fiquei para trás na corrida — diz Salata. — Será uma boa experiência no Congo, mas não sei o que acontecerá depois.

Caso não encontre emprego no Brasil, Salata se verá “obrigado” a se aposentar, para não depender apenas de suas aplicações financeiras. Ele pode requerer o benefício em março do ano que vem, quando terá 35 anos de contribuição. Mas, com apenas 56 anos, assumirá 30% de perda no valor do benefício.

Na avaliação de Rogério Nagamine Costanzi, coordenador de Previdência do Ipea, o impacto da criação de uma idade mínima vai atingir os mais bem qualificados e de maior renda:

— O grupo que será mais afetado é o das pessoas com mais qualificação, maior renda, trajetória laboral estável e que, na prática, continuam trabalhando após se aposentarem. São os que têm mais facilidade de inserção no mercado. Isso atenuaria o impacto da reforma.

Professor da Ebape/FGV, Kaizô Iwakawi Beltrão destaca que o fato de uma parcela grande dos trabalhadores permanecer no mercado mesmo depois de se aposentar minimiza a necessidade de políticas compensatórias. Quase metade (45,5%) dos homens aposentados entre 60 e 64 anos continua trabalhando, enquanto na faixa de 65 a 69 anos esse percentual é de 38,1%.

— Já existe algum mercado de trabalho para aqueles mais velhos, talvez não para todos os grupos. Não acho que uma reforma da Previdência crie a necessidade de políticas.


FONTE: O Globo

Governo do Rio vai decretar falência

Apertem os cintos: o governo do Estado do Rio vai decretar falência — é, falência mesmo. E até dezembro deste ano. Ainda não há data fechada, embora o mais provável, claro, é que o anúncio só aconteça depois do segundo turno das eleições municipais.



Numa reunião para discutir os modelos de privatização da Cedae, na noite de quinta, economistas, autoridades do governo estadual e do BNDES falaram da bancarrota do Rio como algo concreto — e próximo. O encontro aconteceu na Casa das Garças, instituto que reúne as cabeças que melhor entendem de números e de política fiscal.


Certeza

A falência deixou de ser prognósticos de rodinhas de conversas e discursos de sindicalistas.
Agora é assunto debatido por especialistas e gente com conhecimento de causa — e microfone em punho. O Rio já quebrou.


Dúvida

Agora só resta saber quando será o anúncio.


FONTE: Extra

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Robô armado caça terroristas do ISIS

Qual a melhor e mais segura maneira de combater grupos terroristas em solo? Bom, como estamos no século XXI, a resposta pode estar nos robôs de guerra — mas tire da cabeça a imagem daqueles gigantes de Pacific Rim (Círculo de Fogo). De acordo com o Baghad Post e o Defense One, o Alrobot é um robô desenvolvido no Iraque e preparado para combate que será utilizado para atacar grupos terroristas do ISIS (Estado Islâmico). A nova arma foi apresentada em um vídeo que você encontra mais para baixo.



O Alrobot possui quatro câmeras que dão uma visão 360°, uma metralhadora automática e um lança-foguetes Katyusha para destroçar os combatentes do EI. O robô não é tripulado, por isso, é necessário um notebook e link de rádio para comandá-lo — segundo a fonte, ele pode ser comandado a quilômetros de distância. 

Inicialmente, o robô armado será utilizado para atacar as forças do ISIS em Mossul, na área norte do Iraque, bem próxima da Síria. O Baghad Post comenta que são dois irmãos os desenvolvedores da arma de guerra, mas que os nomes não foram revelados. Ainda, que o governo iraquiano já realizou testes e o Alrobot deve ser utilizado em breve.


FONTE: Tecmundo


Alemanha Aconselha que Seus Cidadãos Armazenem Água e Comida

O Ministério do Interior da Alemanha recomendou aos cidadãos de seu país que armazenem água e alimentos em caso de um possível ataque ou catástrofe. As recomendações foram feitas através de um documento chamado "Conceito da Defesa Civil".



De acordo com o jornal Deutsche Welle, que cita uma proposta do texto "Conceito da Defesa Civil", um documento de 69 páginas elaborado pelo Ministério do Interior, que incentiva os alemães a armazenarem reservas de água e alimentos para poderem se alimentar em caso de emergência. O plano também indica a importância de dispor de sistemas de alarmes seguros, reforçar os edifícios e garantir o correto funcionamento dos sistema sanitário para aumentar o nível de segurança no país.

Além disso, uma das prioridades é defender o exército alemão, revelou o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung. O documento de 69 páginas não prevê um possível ataque em território que necessite de um sistema convencional de defensa nacional. No entanto, as medidas preventivas exigem que a população prepare-se apropriadamente para uma ameça que possa "acabar com nossa existência" e que possa ocorrer no futuro.

Esta é a primeira vez desde o período da Guera Fria que o governo alemão sugere que seus cidadãos tomem medidas de sobrevivência.


FONTE: Anti Nova Ordem Mundial

PF indicia Lula e Marisa no inquérito do tríplex no Guarujá

A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a mulher dele, Marisa Letícia, no inquérito que investiga o tríplex do Condomínio Solaris, no Guarujá, litoral paulista. Além do casal, foram indiciados Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS; Paulo Gordilho, diretor da empreiteira, e Paulo Okamoto, do Instituto Lula. Investigadores afirmam que Lula teria recebido vantagens de empreiteiras envolvidas no cartel da Petrobras.



É primeira vez que Lula é formalmente indiciado pela força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. O ex-presidente já havia sido alvo de indiciamento em Brasília, na ação que apura uma suposta obstrução à justiça. O Ministério Público Federal pediu 90 dias para oferecer denúncia no caso. Lula é alvo de pelo menos mais duas investigações na Lava-Jato que apuram a compra e reforma do sítio Santa Bárbara, em Atibaia,. e os pagamentos feitos por empreiteiras à LILS, empresa de palestras do ex-presidente.

O inquérito apurou prática de corrupção e lavagem de dinheiro nas reformas e aquisição de mobiliário no apartamento 164 do edifício Solaris, no Guarujá, e pagamento de vantagens ilíticas feito pela OAS, que pagou o depósito da Granero onde o acervo presidencial foi armazenado. A PF estimou o valor das melhorias no triplex em R$ 1,116 milhão e o imóvel foi avaliado entre R$ 1,035 milhão e R$ 1,372 milhão. Segundo os investigadores, o imóvel pertence a Lula.



A PF se baseou em mensagens no qual o diretor da OAS afirma que o projeto projeto da cozinha do "chefe" está pronto, referindo-se à cozinha do sítio de Atibaia, e Léo Pinheiro questiona se projeto de Guarujá também esta pronto, "referência clara existência de outro projeto de cozinha para imóvel localizado no Guarujá". A PF afirma que identificou ainda um email com plantas do edifício Solaris encaminhada a Fernando Bittar, que aparece como um dos sócios do sítio de Atibaia, encaminhadas por Paulo Gordilho, embora Bittar tenha dito em depoimento que nada tem a ver com o imóvel do Guarujá.

Nos emails encaminhados por Gordilho a Bittar, seria ele o responsável por apresentar os projetos dos móveis planejados à "dama", identificada como Marisa Letícia. "Nesse cenário, seria razoável até que Fernando Bittar recebesse as plantas do Sítio em Atibaia mas não se justifica que mesmo tenha recebido plantas de um imóvel ao qual assevera não possuir qualquer relação. De acordo com a PF, dados armazenados no celular de Léo Pinheiro mostram que a OAS Investimentos teria aberto dois centros de custos para inserir os gastos com as obras do sítio de Atibaia e do apartamento do Guarujá, denominados "sítio" e "praia".


FONTE: O Globo

Saneamento do Rio de Janeiro será privatizado, estrangeiros entram na disputa

A proposta de concessão do serviço de saneamento do Estado do Rio à iniciativa privada despertou o interesse das principais companhias que atuam no setor. A Aegea e a Águas do Brasil, entre as maiores do segmento e que já têm operações em municípios fluminenses, afirmam que vão participar da licitação. Dependendo dos termos finais do modelo, que ainda não está concluído, o processo deve atrair também grupos internacionais, segundo analistas.



O formato apresentado pelo BNDES ao governo do estado prevê dividir o Rio em quatro áreas geográficas para conceder a distribuição de água e os serviços de coleta e tratamento de esgoto. A Cedae continuaria a atuar na produção, tratamento e transporte de água até as adutoras. O projeto do banco usa o sistema de subsídio cruzado. Assim, a cidade do Rio será uma região âncora, na qual a tarifa cobrada pela água à concessionária custará mais caro, sem elevar o preço ao consumidor. Isso ajudaria a subsidiar as operações nas outras áreas.

— A Aegea tem apetite para levar uma ou todas as (quatro) regiões. A modelagem (da concessão) é inteligente e deve voar. Há vários países no mundo onde já é praticado algo semelhante, como em Portugal — afirma Hamilton Amadeo, presidente da companhia. — Temos hoje capacidade ilimitada de financiamento — diz ele, ponderando que a Aegea conta com recursos do Fundo Soberano de Cingapura e do fundo de investimento em infraestrutura ligado ao Banco Mundial.



A Aegea atua em 44 municípios do Brasil. No Rio, opera com a Prolagos, concessionária de água e esgoto em Cabo Frio, Búzios e São Pedro da Aldeia, além do serviço de água em Arraial do Cabo, todos municípios da Região dos Lagos. E, desde novembro de 2015, atua também na Baixada Fluminense, no serviço de esgoto de São João de Meriti. No primeiro semestre do ano, a Aegea registrou lucro de R$ 81,1 milhões, alta de 90% sobre janeiro a junho do ano passado.

— O modelo proposto pelo BNDES é lógico. Os serviços de água e esgoto têm de estar juntos porque isso torna a operação mais eficiente, tanto em agilidade de investimento quanto em redução de tarifas. É como um subsídio cruzado — destaca José Carlos Sussekind, presidente do conselho e um dos fundadores da Águas do Brasil.

As condições do edital, disse ele, vão determinar como será a participação na licitação da Cedae:

— A divisão em quatro regiões geográficas é sábia. Permite a participação de mais empresas e investidores. As condições vão dizer se investimos em uma, mais ou em todas as regiões.


CRISE FISCAL ESTIMULA ENTRADA DO SETOR PRIVADO

A Águas do Brasil está presente em 15 municípios do país, sendo dez deles no Rio, distribuídos em oito concessões. Águas de Niterói e Águas de Juturnaíba, que cobre Araruama, Saquarema e Silva Jardim, na Região dos Lagos, estão entre elas. As duas concessões cobrem os serviços de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto.



Além das duas concessionárias que já confirmaram o interesse, outras empresas devem disputar a concessão fluminense, inclusive estrangeiras, segundo especialistas. A Odebrecht Ambiental — que atua ao lado da Águas do Brasil no saneamento de 21 bairros da cidade do Rio, por meio da Foz Águas — é citada. Informações de mercado, porém, apontam que ela está em negociação para ser vendida à canadense Brookfield. Procurada, a Odebrecht Ambiental não comentou.

A lista de possíveis interessados inclui ainda a GS Inima Brasil, subsidiária do Grupo GS, da Coreia do Sul, as francesas Suez e Veolia, e a espanhola Acciona. Para analistas, essas companhias poderiam investir sozinhas ou como integrantes de consórcios, ao lado de grupos nacionais.

— O modelo proposto não é novo. Mas oferece um pacote muito atraente. As grandes do setor no país vão entrar na disputa. A Aegea é a mais capitalizada. Mas estrangeiras como as japonesas Mistui e Mitsubishi já demonstraram interesse em saneamento. A espanhola Ferrovial também — destaca Jacy Prado, sócio da BF Capital.



Ele afirma já ter recebido consultas de ao menos quatro companhias do Japão sobre oportunidades em saneamento no Brasil.

No mercado, a divisão da concessão em quatro áreas é vista como um facilitador ao processo, já que a demanda em investimentos é robusta.

— A Cedae é uma empresa ineficiente. Ela é ruim em distribuição de água. Em esgoto, é péssima. Além disso, só na Região Metropolitana do Rio, seria preciso investir R$ 15 bilhões em esgoto. Mas, com a atual situação de caixa do estado, a participação privada é uma necessidade de ordem financeira — pontua Paulo Canedo, coordenador do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ.

Para ele, as experiências em áreas concedidas à iniciativa privada mostram avanço, mas também pedem controle rígido:

— Não é ótimo, ainda não é bom, mas já é melhor. Mas é preciso criar mecanismos para garantir que se fará uma troca eficiente, com condições contratuais e metas pré-definidas a serem cumpridas. O controle social seria fundamental.



Para o presidente do Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Sindcon), Alexandre Lopes, o incentivo do governo federal às negociações por meio das empresas estaduais pode ajudar a estimular este mercado das parcerias público-privadas.

— A maioria dos contratos até agora era negociado município por município. Quando o governo federal quer estimular as parcerias com as empresas estaduais, abre a possibilidade de licitações que envolvam mais cidades — afirma Lopes, ponderando que é preciso conhecer as condições da proposta.

A cautela é compartilhada pelo sócio da GO Associados, Pedro Scazufca, embora o interesse seja forte. O crescimento expressivo das companhias nos últimos anos, segundo ele, explica o interesse:

— As empresas cresceram muito e têm potencial para crescer mais. Elas adquiriram concessões, se fortaleceram e têm apetite para investir.

A economista da área de projetos e pareceres da Tendências Consultoria, Carla Rossi, ressalta que a participação do setor privado no saneamento básico ainda é muito baixa, uma das menores entre os setores da infraestrutura, o que sugere o potencial existente. Segundo a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), são apenas 316 municípios brasileiros com participação privada, ou 5% do total.

— Um dos estímulos para a entrada mais agressiva do setor privado no saneamento é a questão fiscal. Municípios e estados vivem uma falência das finanças públicas, sem capacidade de investir. E a situação do saneamento é muito precária no país — diz Carla.


FONTE: O Globo

Lewandowski suspende sessão do impeachment após bate-boca

O Primeiro momento de maior tensão hoje (25) no julgamento do processo de impeachment, no Senado, contra a presidenta afastada Dilma Rousseff levou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, a suspender a sessão por alguns minutos para tentar restabelecer a ordem. A confusão começou quando a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) afirmou que nenhum senador tem condições morais para julgar o afastamento permanente de Dilma.



"Aqui não tem ninguém com condições para julgar ninguém. Qual a moral do Senado para julgar uma presidente da República?", disse, visivelmente exaltada. A declaração foi interrompida pela manifestação indignada de outros senadores longe do microfone, entre eles, Ronaldo Caiado (DEM-GO), a quem Gleisi respondeu acusando: "o senhor é do trabalho escravo", disse ao microfone.

Gleisi rebatia o senador Magno Malta (PR- ES), a quem coube colocar o contraponto a uma das questões de ordem apresentadas por aliados de Dilma que afirmaram que o impeachment é defendido para blindar o presidente interino, Michel Temer, e alguns integrantes de seu governo citados em delações da Lava Jato.


Lata e lixo

"É o sujo falando do mal lavado. É a lata e o lixo. Não sou do PMDB, não sou do PSDB,  que são os inimigos declarados do processo eleitoral", disse. Sobre gravações que estão sendo reveladas ao longo das investigações, Malta atacou: "se valesse alguma coisa, Aloizio Mercadante deveria estar preso".



Diante do bate-boca estabelecido, com a volta dos trabalhos, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu serenidade nas discussões para que as testemunhas começassem a ser ouvidas.  Ao retomar a sessão, Lewandowski anunciou o indeferimento da questão de ordem da senadora Fátima Bezerra (PT-RN) que voltou a apontar suspeição do relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), pelo vínculo com o partido tucano, a quem aliados de Dilma atribuem a autoria do processo.



"Isto não é democracia. É um tribunal de exceção", acusou. Aliada do governo Temer, Simone Tebet (PMDB-MS) disse que a alegação revela "medo" dos contrários ao processo e afirmou que a questão já foi decidida por todas as instâncias que receberam recursos no mesmo sentido. O ministro Lewandowski também indeferiu pedido feito pela senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) que solicitou a impugnação do procurador Júlio Marcelo de Oliveira, primeira testemunha a falar na sessão de hoje, afirmando que ele teria um posicionamento parcial. Lewandowski negou o pedido dizendo que Júlio Marcelo "possui idoneidade e capacidade técnica para apresentar testemunho".

A sessão foi aberta por volta de 9h35 e até o momento só foram apresentados pedidos de esclarecimentos sobre a sessão. Ainda hoje, quatro testemunhas serão arroladas pela acusação e pela defesa.


FONTE: Notícias Terra

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

H1N1 já matou 1.775 pessoas este ano no Brasil, segundo ministério

Desde o início de 2016 até o dia 13 de agosto, 1.775 pessoas já morreram por H1N1 no Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Em 2009, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia por esse subtipo de influenza, o Brasil registrou 2.060 mortes por H1N1 ao longo do ano todo.




O estado mais afetado foi São Paulo, que teve 737 óbitos por H1N1, seguido por Paraná, com 206 mortes e Rio Grande do Sul, com 182 mortes. No ano passado inteiro, o país registrou 36 mortes por H1N1; em 2014, tinham sido 163 mortes e, em 2013, 768 óbitos pelo vírus.
Ao todo, foram notificados 9.635 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza A/H1N1 ao longo de 2016. 




A SRAG é uma complicação da gripe. Houve ainda 1.080 casos de SRAG por outros tipos de influenza. Além das mortes pela influenza A/H1N1, houve 169 mortes por outros tipos de influenza. Esta semana, uma atleta indiana que esteve na Olimpíada do Rio foi diagnosticada com H1N1 depois de ser internada em um hospital de Nova Délhi, na Índia.


Vírus chegou antes do previsto

Este ano, o vírus chegou antes do previsto, atingindo uma população vulnerável por ainda não ter tomado a vacina. Segundo o Ministério da Saúde, 49,9 milhões de pessoas já receberam a vacina de gripe este ano, número que superou a meta de imunizar 80% do público prioritário do país. Especialistas discutem várias hipóteses que podem explicar a antecipação da chegada do vírus, que vão desde fatores climáticos até o aumento de viagens internacionais que podem ter trazido o H1N1 que circulava no hemisfério norte. Mas não há uma explicação definitiva para a chegada precoce do vírus.


Veja o número de mortos por H1N1 no Brasil por estado:

Brasil: 1.774
SP: 737
PR: 206
RS: 182
MG: 122
SC: 100
MS: 87
GO: 76
RJ: 65
ES: 44
PA: 26
BA: 26
DF: 18
PE: 15
MT: 14
CE: 13
PB: 11
RN: 7
AL: 7
AC: 5
AM: 4
AP: 4
RO: 2
RR: 1
MA: 1
PI: 1


FONTE: G1 Globo

"É o sujo falando do mal lavado", diz Magno Malta na sessão do impeachment

"É o sujo falando do mal lavado. É a lata e o lixo. Não sou do PMDB, não sou do PSDB,  que são os inimigos declarados do processo eleitoral", disse. Sobre gravações que estão sendo reveladas ao longo das investigações, Malta atacou: "se valesse alguma coisa, Aloizio Mercadante deveria estar preso".




FONTE: Notícias Terra

Itália treme de novo atingida por 159 réplicas pós-terremoto

Um novo tremor de magnitude 4.4 na escala Richter, com epicentro em Accumoli, foi registrado nesta quarta-feira por volta de 19h45 hora local (14h de Brasília), na que foi considerada uma das várias réplicas do terremoto que atingiu a região central da Itália na madrugada de ontem para hoje e devastou várias cidades. 



O Instituto Italiano de Geofísica e Vulcanologia (Ingv) confirmou que nestas últimas horas a atividade sísmica continua com várias réplicas de magnitude 3 na escala Richter. No entanto, às 19h45 (hora local) o solo voltou a tremer, provocando o medo entre as pessoas que estão nos arredores das zonas afetadas, mas também entre as equipes de resgate que continuam buscando possíveis sobreviventes em meio aos escombros.



O Ingv confirmou que após o forte terremoto da última madrugada que causou pelo menos 159 vítimas e destruiu cidades inteiras, foram registradas 159 réplicas entre 3 e 4 de magnitude. A região, que sofreu no passado outros terremotos de forte intensidade, fica em um ponto de alta periculosidade sísmica no eixo de uma cordilheira. O Instituto de Geofísica acrescentou que a profundidade das réplicas foi pequena, a maioria delas ocorridas nos primeiros dez quilômetros.


FONTE: Notícias Terra


Senado começa a julgar o processo de impeachment de Dilma

O julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff começa nesta quinta-feira (25) com o depoimento de testemunhas. Serão ouvidas inicialmente as duas testemunhas arroladas pela acusação: o procurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU),  Júlio Marcelo de Oliveira, e o auditor do TCU Antônio Carlos Costa D'Ávila.



Em seguida, a previsão é de que sejam ouvidas duas das seis testemunhas arroladas pela defesa. Os advogados de Dilma Rousseff convocaram o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck, o ex-secretário executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa, o professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Lodi Ribeiro e o professor de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Geraldo Prado.

Amanhã (26) deverão ser ouvidas as quatro últimas testemunhas. Se não houver tempo de ouvir as quatro primeiras até a noite de hoje, os depoimentos de uma parte delas podem ser transferidos para esta sexta, fazendo com que a primeira fase do julgamento seja concluída somente no fim de semana. Os senadores poderão fazer perguntas à vontade, mas os líderes da base aliada do presidente interino Michel Temer já orientaram os demais parlamentares a evitar perguntas repetidas e a dar preferência para as lideranças partidárias, de modo a tentar agilizar os depoimentos.



Na segunda-feira (29),  às 9h, começará o depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff. Ela poderá falar livremente por 30 minutos e depois ficará à disposição para responder às perguntas dos senadores. Após o depoimento de Dilma, começará o debate entre a defesa e a acusação.  Os advogados da acusação começarão falando por uma hora e 30 minutos. Depois será a vez de a defesa falar por igual período. Pode haver ainda réplica e tréplica de uma hora cada. Na terça-feira (30), os senadores devem começar a discutir se Dilma praticou crime de responsabilidade. Cada um dos inscritos terá 10 minutos para falar, sem direito a prorrogação.

Ao final, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, questionará os parlamentares se eles consideram que a presidente afastada cometeu crime de responsabilidade por editar decretos de suplementação orçamentária e por tomar empréstimo de instituição comandada pela União. Dois senadores favoráveis e dois contrários farão encaminhamentos por cinco minutos cada e o painel será aberto para a votação. A votação será aberta e nominal. A expectativa é de que o resultado seja divulgado na noite de terça, mas o julgamento pode se prolongar até quarta-feira.


FONTE: MSN Brasil

Senado libera governo a usar livremente parte da arrecadação até 2023

O Senado aprovou nesta quarta-feira (24) a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga até 2023 a permissão para que a União utilize livremente parte de sua arrecadação, a chamada Desvinculação de Receitas da União (DRU). A proposta foi aprovada com 54 votos favoráveis e 15 contrários. O texto amplia de 20% para 30% o percentual que pode ser remanejado da receita de todos os impostos e contribuições sociais federais. O restante da arrecadação é vinculado a despesas definidas no Orçamento. Pelo texto, a medida poderá ser aplicada de maneira retroativa desde 1º de janeiro deste ano.



A DRU é considerada essencial pelo governo Michel Temer para evitar o engessamento das despesas previstas no Orçamento, já que a grande maioria dos recursos arrecadados tem gasto vinculado, por determinação da legislação brasileira. Por se tratar de uma mudança na Constituição, a proposta precisou passar por dois turnos de votação, com o apoio de pelo menos 49 senadores. Como já foi aprovado pela Câmara, o texto seguirá para promulgação.

Para que os senadores votassem a PEC em dois turnos na mesma sessão, foi necessário um acordo no plenário para que não fosse preciso esperar o intervalo exigido pelo regimento interno entre uma votação e outra, que é de cinco dias úteis. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentou colocar a proposta em votação na semana passada, mas, ao perceber que não havia quórum suficiente para aprovação da PEC, decidiu adiar a análise da PEC.


Estados e municípios

A PEC também cria mecanismo semelhante para estados, Distrito Federal e municípios, batizado de Desvinculação de Receitas dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios (DREM). Pela proposta, ficam desvinculadas 30% das receitas relativas a impostos, taxas e multas. Nesses casos, a proposta especifica que a regra não se aplica às receitas destinadas à saúde e à educação, que não poderão ser alteradas. Em relação à União, não há essa previsão.

Tanto no caso da DRU quanto da DREM não muda, porém, a regra que estabelece os gastos mínimos para educação (18% para União e 25% para estados e municípios) e saúde (15% para a União, 12% para estados e 15% para municípios) nem as transferências constitucionais de impostos para estados e municípios.


FONTE: G1 Globo

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Sobe para 159 o número de mortos no Terremoto que atingiu a Itália

Um terremoto na Itália de magnitude 6,2 escala Richter sacudiu o centro do país na madrugada desta quarta-feira, causando pelo menos 159 mortes, segundo o último balanço oficial, passado pelo próprio primeiro-ministro, Matteo Renzi. O número inicial de mortos informado foi de 38 pessoas, mas como ainda há muitos desaparecidos —e ao menos 368 pessoas feridas—, as autoridades locais creem que o número de vítimas ainda deve aumentar. Uma das regiões mais afetadas foi o povoado de Amatrice, que fica numa área montanhosa e pouco povoada (tem cerca de 2.600 habitantes): segundo o prefeito da cidade, praticamente metade da cidade foi devastada.



Das 120 vítimas confirmadas inicialmente, 53 ocorreram entre as localidades Accumoli e Amatrice, ambas na província de Riet (região de Lácio), e outras 20 no município de Arquata del Tronto, na região de Ascoli Piceno. Há pelo menos mais 150 pessoas desaparecidas nos escombros, segundo a BBC. E ao menos 2.000 pessoas estão desabrigadas, de acordo com a Defesa Civil.  As autoridades nacionais e a Cruz Vermelha estão mobilizando recursos para as zonas mais atingidas.

O tremor ocorreu pouco depois das 3h30 (22h30 de terça pelo horário de Brasília), e houve mais de 15 réplicas com magnitudes entre 4 e 5,4, segundo o Departamento de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos. O sismo foi sentido durante mais de 15 segundos em Roma, mais de 100 quilômetros a sudoeste do epicentro, na localidade de Rieti, região do Lácio. O hipocentro se situou a quatro quilômetros de profundidade.



O Governo italiano e a Defesa Civil monitoram a área do epicentro para em busca de possíveis danos, disse um porta-voz do premiê Matteo Renzi pelo Twitter. O Exército foi mobilizado para colaborar na operação de resgate, que é especialmente complicada por transcorrer em uma área montanhosa de difícil acesso, à qual só é possível chegar de helicóptero ou a pé. Some-se a isso o corte das comunicações telefônicas.

Cerca de 100 tremores secundários, dos quais mais de metade com magnitude superior a 3 graus, foram registrados após o terremoto inicial de magnitude 6,2. A réplica mais forte ocorreu pouco antes das 5h (hora local) perto de Norcia, na região de Perugia. A Defesa Civil descreveu a situação como “severa” e confirmou que há danos materiais – como o desabamento de partes de edifícios – e um número não especificado de feridos.



Houve sérios danos materiais nas localidades da Norcia (5.000 habitantes) e Amatrice (2.600 habitantes), zonas de veraneio que recebem muitos turistas nesta época. O prefeito do Amatrice, Sergio Pirozzi, anunciou que há moradores desaparecidos e pediu ajuda para liberar as vias de acesso à pequena cidade e facilitar a chegada dos serviços de emergência. “Há pessoas debaixo dos escombros e há bairros que já não estão mais lá. Metade de Amatrice já não existe mais”, lamentou. “Há tantos mortos que nem consigo fazer uma estimativa. Deve haver dezenas de mortos”, relatou Pirozzi à televisão pública RAI.

Os danos nessa localidade foram muito graves, e a rua principal está devastada. Os moradores foram levados para ginásios esportivos, e a prioridade dos serviços de emergência é “salvar as pessoas que possam estar sob os escombros”. Os dois primeiros corpos foram resgatados ao amanhecer e, segundo o padre Fabio Gammarota, que colabora com as equipes de buscas, outras três pessoas morreram devido ao desmoronamento parcial de um imóvel.



Moradores de Amatrice entrevistados pela imprensa italiana dizem que sua cidade medieval “já não existe mais”, porque quase 70% das casas caíram devido ao terremoto, que, segundo a medição do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália, atingiu a magnitude 6,0. Imagens aéreas feitas pelo Corpo de Bombeiros mostram um cenário de destruição completa no centro histórico de Amatrice, que era formado em sua maioria por antigas casas de pedra – das quais poucas permaneceram em pé.

Valerio, morador da localidade de Rieti (47.000 habitantes), relatou que “as casas velhas caíram todas, a rua principal é um desastre. Saí de casa correndo de madrugada, seminu. Agora estamos tentando ajudar os outros da cidade. Precisamos sair com o trator para retirar escombros das ruas e estradas”. O prefeito de Accumoli (667 habitantes), Stefano Petrucci, relatou haver pelo menos seis mortos, sendo quatro de uma mesma família, incluindo duas crianças, além de outros dois corpos que foram recuperados sob os escombros.



O presidente da Itália, Sergio Mattarella, e o primeiro-ministro Matteo Renzi estão em contato direto com a Defesa Civil para acompanhar o desenrolar dos trabalhos. O Corpo de Bombeiros disse estar tendo dificuldades de acesso a Accumoli devido ao estado crítico das estradas. Enquanto isso, o presidente da Cruz Vermelha italiana, Francesco Rocca, afirmou à imprensa que a organização também está deslocando ambulâncias e profissionais para as áreas mais afetadas e acrescentou que doações de sangue seriam bem vindas nas próximas horas. A associação de voluntários italianos de doadores de sangue também fez uma convocação para que doadores de todos os grupos sanguíneos compareçam aos bancos de sangue.

As comparações com o terremoto na Itália que aconteceu em 2009 na localidade de L’Aquila, que deixou mais de 300 mortos e 1.500 feridos, são inevitáveis, já que há uma distância de apenas 60 quilômetros e a magnitude foi quase a mesma, de 6,3 graus. O porta-voz da Defesa Civil, Fabrizio Curcio, afirmou que “a intensidade foi semelhante, mas a diferença está na densidade populacional, já que este terremoto afetou zonas menos densamente povoadas”. Mais recentemente, em 2012, o norte da Itália sofreu outro terremoto, que deixou 16 mortos.


FONTE: El país Brasil