quinta-feira, 21 de julho de 2016

PF prende grupo que preparava ataques terroristas no Brasil

Nesta quinta-feira, faltando 15 dias para a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Hashtag, que prendeu um grupo de dez brasileiros – um menor de idade incluído – que planejava um atentado durante as competições. Para a Justiça, há indícios de que o grupo é uma célula do Estado Islâmico no país. Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias podendo ser prorrogados por mais 30. 



“Eles passaram de simples comentários sobre o Estado Islâmico para atos preparatórios [de terrorismo]”, disse o ministro da Justiça Alexandre de Moraes. As autoridades identificaram que o grupo fez uma espécie de “batismo”, de “juramento” ao Estado Islâmico. A Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal monitorou mensagens trocadas pelos brasileiros em redes sociais, especialmente via Telegram e Whatsapp, e detectou que havia o risco real de se repetir no Rio atos extremistas como o que vitimou 50 pessoas na boate Pulse, em Orlando, há pouco mais de um mês. 

As ordens eram para adquirir armamento e iniciar ou ampliar treinamento em artes marciais. Um dos investigados entrou em contato com um site de armas clandestinas no Paraguai, solicitando a compra de um fuzil AK-47. Nas conversas monitoradas com autorização judicial, os suspeitos também discutiam táticas de guerrilha e propagavam intolerância racial, de gênero e religiosa. Foram interceptadas mensagens de comemoração pelas execuções feitas pelo grupo extremista e pelos recentes massacres em Orlando e em Nice. 

Foram realizadas buscas e apreensões no Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Uma ONG com atuação na área humanitária também é investigada. O recrutamento do grupo preso nesta quinta-feira foi feito via internet, prática habitual do Estado Islâmico. VEJA revelou em junho a existência de um relatório reservado em que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estipulava em 4, numa escala de 1 a 5, o nível de ameaça terrorista ao Brasil durante os Jogos Olímpicos do Rio.


FONTE: Veja

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