quinta-feira, 28 de abril de 2016

Assembleia de SP faz manobras para não investigar "Máfia da Merenda"

Deputados governistas têm evitado a todo custo a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo para investigar a “Máfia da Merenda”, esquema de corrupção que atingiu 22 prefeituras do estado, além do governo Geraldo Alckmin (PSDB). A Comissão de Educação tem sido esvaziada para não votar a convocação de pessoas ligadas ao caso. Sem quórum, a última reunião, na terça-feira, foi substituída por um debate sobre escotismo.



Foram recolhidas 24 assinaturas para a instalação da CPI. Como são necessários 32 nomes, os parlamentares do PT optaram por convocar - para prestar depoimento nas comissões já existentes -servidores que possam ter relação com os crimes. Foram apresentados 15 requerimentos do tipo nas comissões de Educação, Finanças e Constituição e Justiça. Nenhum pedido foi votado até agora.

A Comissão de Educação, por exemplo, se reuniu seis vezes desde 8 de março, quando teve início suas atividades neste ano. Em quatro desses encontros, não houve quórum - é necessária a presença de seis dos 11 parlamentares, além da presidência. Na primeira reunião em que os deputados apareceram, em 15 de março, os requerimentos foram apresentados. Na outra, em 19 de abril, o líder do PSDB na Assembleia, Carlão Pignatari, pediu vistas a 10 requerimentos, evitando que eles fossem votados.

Neste dia, Pignatari ainda foi criticado por um estudante do ensino médio da rede pública paulista acusado de insinuar que o grupo de jovens só estava ali porque recebeu “trezentinhos”. Procurado na tarde de quarta-feira, o deputado Carlão Pignatari não retornou às ligações.


FONTE: O Globo

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