domingo, 22 de novembro de 2015

Putin denuncia que o Estado Islâmico é financiado por vários países do G20

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que há vários membros do G20 entre os 40 países que financiam o grupo Estado Islâmico (EI).

"O financiamento, como sabemos, provém de 40 países, entre eles vários países do G20", disse em entrevista coletiva após a cúpula do grupo dos 20 países mais ricos e em desenvolvimento, realizada na cidade de Antalya, na Turquia.



Putin, no plenário da cúpula, exemplificou "sobre o financiamento de diversas unidades do EI por pessoas físicas". Ele ressaltou que abordaram a necessidade de cumprir a resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU para prevenir o financiamento do terrorismo.

O presidente russo também revelou que a parte russa apresentou em Antalya imagens captadas por satélites e por aviões que "mostram claramente a magnitude que o tráfico ilegal de petróleo pelo EI alcança".

"As colunas com os caminhões-pipa se estendiam por dezenas de quilômetros", destacou.

Putin ressaltou que, após se recusarem a cooperar com a Rússia na luta contra o jihadismo na Síria, todos os países, incluído os Estados Unidos, estão se conscientizando que o terrorismo só será combatido por todos.

"Os trágicos eventos ocorridos em Paris somente confirmaram que temos razão" ao propor uma coalizão antiterrorista internacional, afirmou o presidente russo.

Por isso, ele pediu que a legitimidade da operação aérea russa contra as posições do EI na Síria deixem de ser alvo de discussão e que os países reúnam esforços contra o terrorismo, concretamente para prevenir atentados no mundo todo.

"Infelizmente, ninguém está a salvo de atentados terroristas. Por exemplo, a França estava entre os países que mantinham uma postura muito firme contra o presidente sírio, Bashar al Assad", disse.



"Isto salvou Paris dos ataques terroristas? Não", lembrou.

E destacou, "parte da oposição armada síria considera possível iniciar ações armadas contra o EI caso sejam apoiados pelo ar, e nós estamos dispostos a prestar esse apoio".

O chefe do Kremlin ressaltou que continuam a ser analisadas todas as versões sobre a causa da catástrofe do Airbus russo que caiu com 224 passageiros a bordo em 30 de outubro na península egípcia do Sinai.

"Se houve uma explosão, entre os destroços da aeronave, entre os pertences dos passageiros, devem ter ficado rastros de substâncias explosivas. Certamente as conclusões definitivas só poderão ser tomadas após a conclusão das investigações", disse.


FONTE: Noticias Terra


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