quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Governo decreta estado de emergência em todo país por surto de microcefalia

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, assinou nesta quarta-feira uma portaria decretando estado de emergência nacional devido a um surto de microcefalia no Nordeste, principalmente em Pernambuco. Trata-se de uma malformação em que os bebês nascem com o crânio menor e que pode levar à morte. Segundo o ministério, houve 141 casos nos últimos quatros meses em 44 municípios pernambucanos.

Também estão sendo investigados casos da doença na Paraíba e no Rio Grande do Norte. É a primeira vez que o governo federal declara emergência em saúde pública de importância nacional, medida permitida desde 2011.



A decretação do estado de emergência respalda as autoridades de saúde a tomarem medidas emergenciais. A burocracia para algumas compras que julgarem necessárias para conter o surto, por exemplo, diminui. Na terça-feira, o ministério já tinha ativado o Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), em Brasília, para ajudar no enfrentamento ao surto.

Um dos suspeitos pelo surto é o zika virus, transmitido pelo Aedes aegypti, o mosquito que também transmite dengue e febre chikungunya. O aumento de casos dessa doença no Brasil coincide com o período de gestação dos bebês que nasceram com microcefalia. Os sintomas da doença nos adultos costumam costumam ser febre, dor de cabeça, no corpo e nas articulações, diarreia, náuseas e mal-estar, mas se manifestam de forma mais branda do que na dengue. Mas, por enquanto, o ministério afirma que há apenas uma coincidência temporal entre os dois surtos.

Enquanto não está definida a causa do surto de microcefalia, o Ministério da Saúde reforça a recomendação para que as gestantes não usem medicamentos não prescritos por profissionais de saúde e que façam o pré-natal. Devem também relatar qualquer alteração que percebam durante a gravidez.

De acordo com o ministério, cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental. Mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida. Em alguns casos, é possível corrigir a anomalia por meio de cirurgia


FONTE: O Globo

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