sexta-feira, 13 de novembro de 2015

COP21: "Pressão Moral" ou "Pressão Imoral"? O Âmago da Questão

Na medida que se aproxima a Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas, ou COP21, o ambientalismo radical e as esquerdas em geral preparam uma grande pressão. Eles têm muito a ganhar.

A COP21 visa assinar um tratado que substitua o decaído Protocolo de Kyoto que teoricamente devia limitar as emissões de CO2 no planeta.

O Protocolo de Kyoto hoje está falido e deve ser substituído, segundo eles. Alegando o combate ao aquecimento global e a diminuição das emissões de CO2, o novo acordo visaria instaurar uma governança mundial sob a qual as nações perderão soberania, em graus crescentes.



Essa governança verde já nascerá voltada contra a riqueza das nações – os países ricos e também aqueles que aspiram a sê-lo – com projetos de essência socialista fortemente condimentados com utopias malsãs de cunho anarco-tribalista, como o CIMI e outros tentáculos da CNBB já nos têm acostumado.

Também o Papa Francisco I se engajou na campanha de “pressão moral” para a COP21 aprovar esse governança planetária, muito parecida com as utopias de séculos passados.

Nesse sentido publicou a encíclica ‘Laudato si’ que causou espanto nos espíritos mais ponderados, especialmente no campo científico, pelo favorecimento das hipóteses aquecimentistas da religião verde.

Na mesma linha de “pressão moral” sobre a COP21, o Papa Francisco reuniu no mês de julho (2015) perto de 70 prefeitos de esquerda do mundo no Vaticano.

A objetividade nos leva a considerar que a COP21 tem mais um aspecto relevante.

Ela reunirá em Paris por volta de 40.000 políticos na sua maioria comprometidos com a agenda verde; funcionários governamentais ou de órgãos internacionais; grande número de ativistas verdes – especialmente das ONGs mais radicais encarregadas de “representar a sociedade” e de encenarem o folclore tribalista-ambientalista –, lobistas defensores de toda espécie de interesses, além de milhares de jornalistas devidamente instruídos pelas redações de seus jornais.



No total essa multidão seleta e bem paga confluirá de 195 nações, a ponto que lhes está reservado em Paris o maior aeroporto da Europa exclusivo para jatos privados.

A viagem além de bem paga será também compensada com hotéis e benesses oficiais. Fazendo alegre parte desses “happy few” teremos os “defensores dos pobres” increpando o “aquecimento global” provocado pelos “ricos”.

Essa “pressão moral” só será verdadeiramente moral se tiver fundamento na realidade dos fatos.

Caso contrário, será uma genuína “pressão imoral”.

Entrementes, a gravidade do que estará em jogo na COP21 de 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015, nos leva a insistir nesse ponto capital que distingue o “moral” do “imoral” no caso.

Quando o Papa Francisco promoveu o Seminário “Proteger o Planeta, Tornar Digna a Humanidade” por intermédio da Pontifícia Academia das Ciências, o Dr. Calvin Beisner, fundador e porta-voz nacional da Cornwall Alliance for the Stewardship of Creation (Aliança Cornwall para o Manejo da Criação), concedeu entrevista a “Catolicismo” que ganhou atualidade em função da COP21.

A noção de que uma mudança minúscula na composição química da atmosfera — de 28 milésimos de 1% a 56 milésimos de 1% de dióxido de carbono, durante um período de várias centenas de anos — venha a ser a causa de resultados cataclísmicos em termos de aquecimento global (com o derretimento as calotas polares, conjugado com um aumento do nível dos mares e um grande incremento das tormentas meteorológicas e coisas do gênero), é muito inconsistente com aquilo que nos ensinam as Sagradas Escrituras.

Isto é, que a Terra e todos os seus muito diferentes sistemas geológicos e oceanológicos são o produto de um Planejador infinitamente sábio, de um Criador onipotente e de um Sustentador absolutamente fiel.

Lemos no Gênesis (1,31): quando Deus criou tudo, Ele considerou o conjunto “muito bom”. Se eu fosse um arquiteto e projetasse edifícios nos quais, se alguém se apoiasse em uma de suas paredes, e a estrutura daquele edifício ampliasse a pressão do peso do corpo, levando todo o edifício a desmoronar, alguém me consideraria um brilhante arquiteto?

Penso que não. Ora, é injuriar a Deus considerá-Lo tão péssimo arquiteto.




O Dr. Roy Spencer, um dos membros mais antigos da Cornwall Alliance, diretor de pesquisa científica no Centro de Ciência do Sistema Terrestre da Universidade do Alabama e líder da equipe do Programa Satélite Aqua de Sensoriamento Remoto da NASA (que é a fonte de dados de todas as horas de cada dia do ano, sobre a temperatura atmosférica global em todas as latitudes, longitudes e elevações, fonte de dados de temperatura mais abrangente que existe), pensou:

“Bem, os modelos climáticos todos supõem que as nuvens são afetadas pelo aquecimento de superfície, de forma a aumentar esse aquecimento. Eu me pergunto quão verdadeira é essa suposição.”

Então ele projetou alguns testes e trabalhos de observação, utilizando a rede dos satélites de que dispunha e descobriu que o oposto é a realidade.

Que as nuvens respondem ao aquecimento da superfície, minimizando-o, reduzindo-o. E elas respondem ao esfriamento da superfície, também minimizando-o.

Em outras palavras, na realidade as nuvens funcionam como termostato para a Terra.

Entretanto, todos os modelos catastrofistas pressupõem que as nuvens representavam uma reação positiva. Seu trabalho de observação indicou que há, pelo contrário, reação negativa.

Assim, uma vez mais a fé cristã pode nos abrir olhos para a evidência da observação científica, à qual, de outro modo, poderíamos não prestar atenção.


FONTE: Anti Nova Ordem Mundial

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